A taxação dos super-ricos refere-se à aplicação de tributos específicos sobre indivíduos com patrimônio ou rendimentos extremamente elevados. Essa política busca aumentar a arrecadação fiscal de governos, direcionando recursos para diferentes objetivos, como investimentos estratégicos.
A proposta ganhou destaque em fóruns internacionais, como o G20, onde países debateram como implementar mecanismos mais eficazes para tributar grandes patrimônios e rendas ultra-altas. Nas reuniões realizadas no Rio de Janeiro, os líderes do G20 chegaram a um consenso sobre a necessidade de taxar indivíduos com patrimônio líquido ultra-alto, com respeito à soberania tributária de cada país. Essa posição foi incluída na declaração final do encontro, que também destacou a importância de mecanismos antievasão e o intercâmbio de melhores práticas tributárias.
A taxação de grandes fortunas pode ser implementada de diferentes formas, incluindo:
Esses tributos podem ser calculados com base em alíquotas progressivas, garantindo que indivíduos com maior capacidade contributiva paguem proporcionalmente mais.
A definição de “super-rico” varia conforme o país ou proposta, mas geralmente inclui:
O modelo de tributação progressiva global proposto no G20 atingiria inicialmente cerca de 3 mil pessoas em todo o mundo. Segundo o Global Wealth Report 2024, do UBS Group AG, o Brasil ocupa a 15ª posição entre os países com maior número de pessoas possuidoras de patrimônio superior a US$ 1 milhão.
Alguns outros países possuem sistemas de tributação direcionados aos super-ricos, com diferentes estruturas:
As medidas propostas no novo Pacote Fiscal, embora representem alterações de alto impacto no sistema tributário, não podem ser consideradas como uma “taxação dos super-ricos” conforme definição global. No Brasil, a proposta envolve a aplicação de:
Você pode conferir mais informações sobre a proposta anunciada: Pacote Fiscal: entenda quais são as novas medidas apresentadas.
Apesar de avanços em fóruns internacionais, o cenário interno brasileiro apresenta desafios. Na última semana, a Câmara dos Deputados rejeitou a proposta de um imposto sobre grandes fortunas apresentada pelo deputado Ivan Valente. A emenda previa a taxação de patrimônios acima de R$ 10 milhões, mas foi derrotada por 262 votos a 136.
Ainda, no dia 2 de dezembro, o governo brasileiro enviou ao Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com novas regras para o abono salarial e outras medidas de contenção de gastos. O governo estima arrecadar R$ 35 bilhões anuais, buscando compensar o impacto dessas outras reduções fiscais.
As novas medidas de tributação de dividendos no Brasil devem gerar impactos para empresários e empresas, incluindo maior pressão inflacionária, à medida que custos adicionais podem ser repassados aos preços de bens e serviços, e a preocupação com a bitributação, já que os lucros distribuídos aos acionistas, decorrem de resultados empresariais previamente taxados. Além disso, as empresas enfrentam o desafio de adaptar seus processos de compliance tributário, enquanto empresários terão que reavaliar estratégias de distribuição e reinvestimento de lucros, considerando o efeito cumulativo da tributação sobre seus rendimentos líquidos e a competitividade em mercados globais.
Confira os impactos no cenário do agronegócio em nosso conteúdo completo: Dividendos, novo pacote fiscal e os impactos no Agro.
Diante das novas regras para a tributação de dividendos, a necessidade de reorganização e proteção do patrimônio pessoal e empresarial nunca foi tão urgente. Empresas e indivíduos enfrentam um cenário desafiador, que exige não apenas conhecimento técnico em tributação, mas também uma abordagem estratégica e cuidadosa para assegurar a continuidade dos negócios.
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