Arrecadação federal soma R$ 205 bilhões, um recorde para outubro
A arrecadação federal, incluindo impostos, contribuições e demais receitas, atingiu em outubro o valor de R$ 205,4 bilhões, um recorde para o mês de outubro desde o início da série histórica em 1995. Conforme a Secretaria da Receita Federal, o resultado representa um aumento real de 7,97%, quando comparado ao mesmo período de 2021, ou seja, acima da inflação em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Já em relação ao mês anterior, houve um aumento real de 22,84% no recolhimento de impostos.
Quanto a receita arrecadou até outubro?
No acumulado do ano, a arrecadação federal somou R$ 1,836 trilhão, segundo o Fisco, o maior volume para o período desde o início da apuração. Quando corrigido pela inflação, o valor total chega a R$ 1,85 trilhão, o que significa uma alta de 9,35% na comparação com os 10 meses de 2021.
Conforme a Receita, o que elevou o nível da arrecadação foi o recolhimento atípico de Imposto de Renda e CSLL R$ 3 bilhões em por empresas ligadas ao setor de “commodities” — como petróleo, minério e alimentos. Isso ocorre pelo fato dos preços desses produtos terem tido alta significativa, devido à inflação, há um recolhimento maior de tributos.
De acordo com a Receita Federal, o “recolhimento atípico” já atingiu a marca dos R$ 40 bilhões no ano, contra R$ 36 bilhões no mesmo período de 2021. Conforme o G1, analistas já apontaram o efeito da inflação sobre a arrecadação de 2022.
Já quando se fala em perda, o governo lembrou que foram reduzidos tributos sobre combustíveis e sobre produtos industriais neste ano. Fazendo o recorte apenas de outubro, a perda na arrecadação de imposto sobre combustíveis foi de R$ 3,75 bilhões. Já o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) teve uma redução de R$ 1,9 bilhão no seu recolhimento.
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Diante dessa alta recorde, é preciso, mais do que nunca, estar atento ao pagamento de tributos. Quer saber se sua empresa pode ter créditos a recuperar?