Entenda neste artigo a tabela de IR e IOF em investimentos de renda fixa, isenção de impostos e outras particularidades. Compreender como funcionam os impostos é fundamental para maximizar rendimentos. Dois tributos que merecem atenção são o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que incidem sobre investimentos de renda fixa.

Os investimentos funcionam como uma estratégia para fazer o dinheiro “trabalhar”, permitindo que o patrimônio cresça, seja por meio de juros, dividendos ou valorização do ativo. Entre as diversas opções disponíveis no mercado, os investimentos podem ser classificados de acordo com o nível de risco, retorno esperado e liquidez, sendo importante compreender suas características para tomar decisões alinhadas aos objetivos financeiros.

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A renda fixa se destaca pela previsibilidade. Nesse caso, o investidor “empresta” dinheiro a instituições financeiras, empresas ou ao governo, em troca de uma remuneração na forma de juros. Exemplos comuns incluem CDBs, Tesouro Direto e debêntures. Essa previsibilidade é uma característica marcante da renda fixa, já que os investidores têm uma boa ideia da rentabilidade que será obtida e do prazo para resgatar o investimento.

Portanto, conhecer as regras de tributação é essencial para planejar seus investimentos de forma estratégica. Saber como funcionam as tabelas de IR e IOF, além de identificar investimentos isentos, pode fazer toda a diferença na rentabilidade final da sua carteira.

Neste texto, você vai descobrir como essas tributações funcionam, quais são as alíquotas aplicadas e como elas impactam seus ganhos.

Como funciona a tabela de IR em investimentos de renda fixa?

O Imposto de Renda (IR) é um tributo federal que incide sobre os rendimentos obtidos por pessoas físicas e jurídicas. No caso dos investimentos, ele é cobrado sobre a rentabilidade dos ativos, ou seja, sobre o lucro que você obtém ao resgatar uma aplicação. A cobrança ocorre no momento do resgate, e a alíquota varia conforme o tipo de investimento e o prazo em que o dinheiro ficou aplicado.

A tabela de IR para investimentos de renda fixa é regressiva, o que significa que quanto mais tempo você mantém o dinheiro investido, menor será a alíquota de imposto paga. Essa lógica incentiva o investidor a manter suas aplicações por prazos mais longos. 

Nem todos os investimentos sofrem tributação de IR. Alguns são totalmente isentos, o que os torna opções atraentes para quem busca reduzir a carga tributária. Confira os principais:

  • Caderneta de Poupança
  • LCI (Letra de Crédito Imobiliário)
  • LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)
  • Debêntures Incentivadas
  • CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários)
  • CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio)

As alíquotas são aplicadas para investimentos como CDB, RDB, LC, LF, Debêntures comuns e Tesouro Direto (Títulos Públicos Federais). Confira abaixo as alíquotas aplicadas:

PrazoInvestimentos de longo prazoInvestimentos de curto prazo
Entre 0 e 180 dias22,5%22,5%
Entre 181 e 360 dias20%20%
Entre 361 e 720 dias17,5%20%
Acima de 721 dias15%20%

Exemplo de IR: “Se você investiu R$ 10.000 em um CDB com rendimento de 10% ao ano e resgatou após 2 anos, pagará uma alíquota de 15% sobre os R$ 2.000 de lucro.”

Tabela IOF, O que é o IOF e como ele incide sobre investimentos?

O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é um tributo federal que incide sobre operações de crédito, câmbio, seguros e títulos mobiliários. Nos investimentos, ele é cobrado quando o resgate é feito antes do 30º dia de aplicação. Assim como o IR, o IOF também segue uma tabela regressiva, com alíquotas que diminuem conforme o prazo de resgate.

Ao contrário dos juros, que são a remuneração cobrada pelas instituições financeiras sobre o crédito concedido, o IOF é um tributo estabelecido pelo governo e aplicado em situações específicas. 

O IOF é cobrado em diversas situações, entre elas:

  • Cartão de crédito:

Compras internacionais (inclusive online).

  • Cheque especial:

Aplicado sobre os dias de uso do limite.

  • Empréstimos e financiamentos:

Exceto financiamentos de imóveis residenciais.

  • Seguros:

Incide sobre a contratação de apólices.

  • Resgate de investimentos:

Como títulos e valores mobiliários.

  • Câmbio:

Compra e venda de moedas estrangeiras.

Ao contrário dos juros, que são a remuneração cobrada pelas instituições financeiras sobre o crédito concedido, o IOF é um tributo estabelecido pelo governo e aplicado em situações específicas. Entre essas operações, destacam-se o uso do cartão de crédito para compras internacionais, a contratação de empréstimos ou financiamentos, o uso do cheque especial, o resgate de investimentos e até a compra e venda de moedas estrangeiras. Cada uma dessas transações possui uma alíquota própria, definida por regulamentação governamental.

A forma como o IOF é cobrado varia de acordo com o tipo de operação. Em algumas situações, como compras internacionais realizadas com cartão de crédito, o imposto é recolhido integralmente no momento da transação. Já em outros casos, como no uso do cheque especial, ele é calculado proporcionalmente aos dias em que o crédito foi utilizado. Essa flexibilidade na aplicação permite que o imposto se adeque à natureza de cada operação.

Dias corridosIOF
196,00%
293,00%
390,00%
486,00%
583,00%
680,00%
776,00%
873,00%
970,00%
1066,00%
1163,00%
1260,00%
1356,00%
1453,00%
1550,00%
1646,00%
1743,00%
1840,00%
1936,00%
2033,00%
2130,00%
2236,00%
2323,00%
2420,00%
2516,00%
2613,00%
2710,00%
286,00%
293,00%
300,00%

Exemplo de IOF: “Se você resgatou um investimento de R$ 5.000 após 15 dias e teve um rendimento de R$ 100, a alíquota de IOF será de X%, reduzindo o lucro final.”

O que acontece se eu resgatar o investimento antes do prazo?

  • IR: Ainda será aplicado de acordo com a tabela regressiva, considerando o tempo de investimento até o resgate.
  • IOF: Caso o resgate ocorra antes de 30 dias, o IOF será cobrado de forma proporcional ao prazo. A alíquota começa em 96% no primeiro dia e reduz gradativamente até zerar no 30º dia.

Além disso, resgatar antes do vencimento pode resultar em rentabilidade inferior ao esperado, especialmente em títulos prefixados ou atrelados à inflação.

Ainda possui dúvidas sobre impostos? Conte com o Tax Group para entender mais sobre o assunto!

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