A Reforma Tributária no agronegócio e em outros setores tem como fundamento a reestruturação e a simplificação da forma como se cobram de impostos no Brasil, visando também a alteração do método de arrecadação.
O agronegócio, responsável por aproximadamente 25% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), desempenha um papel crucial na economia brasileira. E por ser um setor de influência para a economia, e com particularidades que podem ser atingidas pelas mudanças, alguns pontos da reforma preocupam os produtores.
A possível eliminação de regimes especiais gera incerteza no setor agrícola, já que os benefícios fiscais ajudam a mitigar riscos de produção essenciais para todos. Além disso, a agricultura afeta a balança comercial através das exportações de commodities e contribui para o desenvolvimento socioeconômico e tecnológico rural.
A alteração no tratamento tributário, e por consequência no custo de produção, pode afetar diretamente a competitividade e a viabilidade de certas atividades dentro do setor.
Confira alguns dos principais impactos:
Essas mudanças propostas buscam uniformizar as alíquotas e centralizar a arrecadação, mas também levantam preocupações e beneficiam setores específicos. Com as novas regras, serão criados o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), cuja cobrança será feita no território nacional e com alíquota única para todos os setores da economia.
Essa mudança gera inquietações em relação ao peso da carga tributária, que será alterado também. Com alíquotas únicas, setores que anteriormente aproveitavam regimes tributários especiais ou benefícios fiscais específicos podem enfrentar aumento na carga tributária.
Um dos pontos mais cruciais da Reforma Tributária para o agronegócio é a definição de uma Cesta Básica Nacional de Alimentos, com imposto zero na venda de produtos que fizerem parte dela.
A seguir, vamos explorar os benefícios e as preocupações relacionadas a essas mudanças no agronegócio:
Benefícios:
Preocupações:
A nova legislação estabelece mudanças nos preços dos alimentos, definindo quais itens terão alíquota zero e quais terão redução de 60% na alíquota padrão (dentro de uma “Cesta Básica Complementar”. Por outro lado, produtos prejudiciais à saúde, como bebidas açucaradas e alcoólicas, serão sobretaxados pelo Imposto Seletivo.
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A nova lei complementar determina que 22 produtos essenciais para a alimentação dos brasileiros ficarão isentos do futuro Imposto sobre Valor Agregado (IVA). A lista inclui itens regionais, como o mate e o óleo de babaçu.
Itens isentos de tributação:
Outros 14 alimentos terão redução de 60% na tributação, o que pode impactar seus preços para o consumidor final.
Itens com alíquota reduzida:
O Imposto Seletivo, também chamado de Imposto do Pecado, será aplicado a produtos considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, resultando em preços mais altos para esses itens.
Itens com tributação extra:
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O cálculo de impostos é feito com base nas atividades da empresa, sua receita bruta, alíquotas, benefícios e outros fatores específicos de cada companhia. Atualmente, a tributação que incide sobre todos negócios agro é a seguinte:
As mudanças resultantes da substituição dos tributos vigentes serão implementadas durante um período de transição, previsto para ocorrer entre 2026 e 2033. Este intervalo proporciona aos produtores rurais e às empresas do setor agrícola tempo suficiente para se adaptarem às novas normas tributárias.
Portanto, ainda há tempo de se atualizar sobre as mudanças e buscar o apoio de especialistas para planejar estratégias fiscais eficazes. Com a ajuda adequada, as empresas podem assegurar uma série de benefícios, como:
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Os principais argumentos em relação a necessidade da reforma tributária no Brasil são a alta carga tributária com operação burocrática, a sonegação exacerbada, os impostos regressivos, a redução da competitividade internacional das empresas e uma série de outros fatores relacionados à ineficiências específicas do sistema tributário.
Se quiser saber mais sobre os principais pontos da reforma tributária no Brasil, confira o nosso conteúdo 3 pontos que todo mundo deve saber sobre a reforma tributária.
As preocupações sobre a reforma tributária no agronegócio se concentram na elevação dos custos de produção devido ao aumento nas alíquotas. Esse aumento pode influenciar negativamente as decisões de investimentos e expansão no setor, reduzindo a margem de lucro e tornando o investimento menos atrativo.
O mesmo raciocínio se aplica para o imposto seletivo, pois o aumento de custo encarece a produção agrícola e pode desencadear um efeito cascata nos preços ao consumidor. Isso, por sua vez, afeta a acessibilidade e a demanda por produtos agrícolas.
Em contrapartida, o maior benefício a partir da Reforma Tributária seria a simplificação da cadeia tributária, o que faria com que as empresas gastassem menos tempo e dinheiro.
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