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Qual bebida alcoólica deve ficar mais cara com a reforma tributária? Vodka, vinho ou cerveja?

A bebida alcoólica deve ficar mais cara por causa da reforma tributária? Sim, e isso ocorre porque elas terão a incidência do Imposto Seletivo (IS) — também conhecido como Imposto do Pecado —, que vai deixar produtos que fazem mal à saúde e ao meio ambiente mais caros.

Neste artigo, vamos explorar como a vodka, o vinho e a cerveja serão afetados pela nova tributação, e qual dessas bebidas deve ter o maior aumento efetivo de preço.

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  • Neste artigo você vai ver:

O Imposto Seletivo ou Imposto do Pecado vai deixar bebida alcoólica mais cara

O Imposto Seletivo, apelidado de “Imposto do Pecado“, foi concebido para desestimular o consumo de produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como dito anteriormente. Entre os produtos visados estão cigarros, bebidas alcoólicas, bebidas açucaradas, veículos poluentes e a extração de minério de ferro, petróleo e gás natural.

A nova tributação será calculada com base em duas alíquotas principais: uma alíquota percentual por volume e uma alíquota específica sobre o teor alcoólico. Somente a partir disso que teremos o valor preciso da carga tributária de cada bebida. 

Vale lembrar que tais pontos serão definidos por meio da regulamentação da reforma tributária, que tramita no Congresso 

Alíquotas percentuais e específicas

As alíquotas do Imposto Seletivo serão definidas até 2026, com entrada em vigor a partir de 2027. Essas alíquotas serão maiores sobre bebidas com maior teor alcoólico, como a vodka, em comparação com bebidas com menor teor alcoólico, como a cerveja.

O Ministério da Fazenda anunciou essas mudanças em uma coletiva de imprensa, destacando que um litro de vodka com teor alcoólico de 50% será mais tributado do que um litro de cerveja com teor alcoólico de 5%.

Impacto nas bebidas alcoólicas: vodka, vinho e cerveja

Para entender melhor o impacto da reforma tributária nas bebidas alcoólicas, é importante analisar como a vodka, o vinho e a cerveja serão afetados pelas novas alíquotas.

Vodka

A vodka, conhecida por seu alto teor alcoólico, será uma das bebidas mais impactadas pelo Imposto Seletivo. Com um teor alcoólico que pode variar de 35% a 50%, ela se enquadra na categoria de bebidas que receberão as alíquotas mais altas.

  • Teor alcoólico: a vodka geralmente possui um teor alcoólico de 40%, mas pode chegar até 50% em algumas variações.
  • Alíquota percentual por volume: dada a alta concentração de álcool, a vodka será fortemente tributada, aumentando significativamente seu preço.
  • Expectativa de preço: o aumento de preço na vodka será substancial, tornando-a uma das bebidas alcoólicas mais caras sob a nova legislação.

Vinho

O vinho apresenta uma variação maior no teor alcoólico, que pode oscilar entre 8% e 15%. Embora menos alcoólico que a vodka, o vinho ainda será afetado pelo Imposto Seletivo, mas em uma escala menor.

  • Teor alcoólico: o teor alcoólico do vinho é menor em comparação com a vodka, geralmente variando entre 8% e 15%.
  • Alíquota percentual por volume: a tributação sobre o vinho será menor devido ao seu menor teor alcoólico, mas ainda assim significativa.
  • Expectativa de preço: o preço do vinho aumentará, mas não tanto quanto o da vodka. Consumidores podem sentir um impacto moderado, especialmente em vinhos com teores alcoólicos mais elevados.

Cerveja

Já a cerveja, popular por seu baixo teor alcoólico, será a menos afetada pelas novas alíquotas do Imposto Seletivo. Com um teor alcoólico geralmente entre 3% e 7%, a cerveja terá uma tributação mais leve.

  • Teor alcoólico: a cerveja possui um teor alcoólico entre 3% e 6%, tornando-a a bebida alcoólica menos impactada pela tributação.
  • Alíquota percentual por volume: a baixa concentração de álcool na cerveja resultará em uma alíquota menor, tornando o aumento de preço menos expressivo.
  • Expectativa de preço: embora o preço da cerveja também suba, o impacto será menos significativo em comparação com a vodka e o vinho.

O racional por trás do Imposto Seletivo na bebida alcoólica

A prática de um imposto sobre produtos prejudiciais à saúde não é nova. Diversos países implementaram políticas similares para reduzir o consumo de tabaco, álcool e produtos açucarados.

No caso do Brasil, o Imposto Seletivo visa não apenas desestimular o consumo, mas também gerar receita para o governo, que pode ser utilizada em programas de saúde pública e proteção ambiental.

Saúde Pública

O consumo excessivo de álcool está associado a uma série de problemas de saúde, incluindo doenças hepáticas, cardiovasculares e câncer. Ao aumentar o preço de bebidas alcoólicas, o governo espera reduzir o consumo desses produtos, melhorando a saúde pública e reduzindo os custos com tratamentos médicos.

Meio Ambiente

Além dos impactos na saúde, a produção de bebidas alcoólicas também pode ter consequências ambientais. A agricultura intensiva para a produção de uvas, cevada e outros ingredientes essenciais pode levar ao uso excessivo de água e pesticidas, bem como à degradação do solo. O Imposto Seletivo busca mitigar esses efeitos, encorajando práticas mais sustentáveis.

Impactos em indústrias, bares e restaurantes com o aumento no imposto sobre bebida alcoólica

Bares e restaurantes, já lidando com margens de lucro reduzidas, enfrentam um cenário desafiador com o aumento do imposto sobre bebidas alcoólicas. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) aponta que cerca de 50% desses estabelecimentos operam sem obter lucro, e a elevação dos impostos sobre bebidas alcoólicas pode agravar ainda mais essa situação.

Apesar de uma possível redução na alíquota dos Impostos sobre Valor Agregado (IVAs) para o setor de alimentação, o impacto do Imposto Seletivo representa uma nova carga tributária significativa.

Estratégias para reduzir impactos

Dessa forma, o aumento nos custos das bebidas alcoólicas pode levar a uma série de consequências para bares e restaurantes:

  • Necessidade de inovação na área tributária: os estabelecimentos precisam inovar na hora de olhar para o tributário. Traçar novas  estratégias, e ver adequações necessárias para minimizar os impactos e maximizar as oportunidades. E o Tax Group é o melhor parceiro estratégico para fazer os ajustes pertinentes e realizar rotas. Clique aqui e fale com o nosso time de especialistas.
  • Redução na margem de lucro: com o aumento do preço das bebidas, os estabelecimentos podem ver suas margens de lucro ainda mais pressionadas. Muitos bares e restaurantes dependem fortemente das vendas de bebidas alcoólicas para sustentar suas operações.
  • Alteração na demanda dos consumidores: preços mais altos podem levar a uma queda no consumo de bebidas alcoólicas nos estabelecimentos. Os clientes podem optar por reduzir suas saídas ou consumir menos quando visitam bares e restaurantes.

Projeções e desafios do Imposto Seletivo

Embora o objetivo do Imposto Seletivo seja claro, sua implementação apresenta desafios. Definir as alíquotas adequadas e garantir que a tributação seja justa e eficaz são apenas algumas das questões que precisam ser resolvidas.

Além disso, é crucial monitorar os efeitos da nova tributação no consumo e na saúde pública para ajustar a política conforme necessário e também manter uma economia ativa e diversificada.

Desafios na definição das alíquotas

Um dos principais desafios é definir as alíquotas de maneira justa e equilibrada. Alíquotas muito altas podem levar ao aumento do mercado clandestino de bebidas alcoólicas, enquanto alíquotas muito baixas podem não ter o efeito desejado de reduzir o consumo.

Além disso, após a implementação do Imposto Seletivo, será fundamental monitorar seus efeitos no mercado e na saúde pública. Dados sobre o consumo de álcool, saúde pública e arrecadação de impostos devem ser analisados regularmente para ajustar as políticas conforme necessário.

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Anderson Mello

Jornalista e produtor de conteúdo do Tax Group | Inscrito sobre o MTb 0018949/RS. Bacharel em Jornalismo pela UniRitter e pós-graduando em Marketing, Branding e Growth pela PUCRS. Copywriter e especialista em assuntos econômicos.

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