A Desoneração da Folha de Pagamento é um mecanismo implementado pelo governo brasileiro com o objetivo de reduzir os encargos trabalhistas para empresas de setores estratégicos, promovendo, assim, a manutenção e criação de empregos. Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que estende esse benefício até o final de 2024 para 17 setores da economia, além de municípios com até 156 mil habitantes.
O Supremo Tribunal Federal (STF) havia estabelecido que o Congresso Nacional deveria aprovar o projeto até a semana passada. O texto inclui medidas para compensar a perda de arrecadação resultante da desoneração (veja mais detalhes das medidas abaixo).
Entre as medidas de compensação, o projeto propõe o uso de valores esquecidos em instituições financeiras, que, de acordo com o Banco Central, somam R$ 8,5 bilhões.
Contudo, o Banco Central ressalta que esses recursos não podem ser contabilizados como receita no cálculo do resultado primário do governo, que é a diferença entre a arrecadação e os gastos, excluindo despesas com juros da dívida.
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A desoneração da folha de pagamento permite que as empresas substituam a contribuição previdenciária de 20% sobre os salários dos empregados por uma alíquota calculada sobre a receita bruta, que varia entre 1% a 4,5%, dependendo do setor e do tipo de serviço prestado.
Entre os principais setores que se beneficiam da desoneração estão:
A desoneração da folha não será permanente e a reoneração ocorrerá de forma gradual até 2028. A seguir, entenda como se dará a transição:
Para municípios com até 156 mil habitantes, a contribuição previdenciária será reduzida de 20% para 8%, e essa transição será completa até janeiro de 2027. Isso busca aliviar as finanças públicas das pequenas cidades, que têm um peso orçamentário elevado com a folha de pagamento.
O governo federal incluiu uma série de medidas para compensar a perda de arrecadação resultante da desoneração:
A prorrogação da desoneração da folha até 2024 é uma tentativa de manter empregos em setores que empregam grande parte da força de trabalho no Brasil. A transição gradual para a reoneração permite que as empresas se ajustem sem sofrer impactos imediatos e bruscos nas suas finanças, garantindo previsibilidade e planejamento para os próximos anos.
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