Não há um registro preciso do início da cobrança de taxas pelos governantes. Nas primeiras civilizações, os tributos eram apresentados aos reis sob a perspectiva de homenagem.
Significativas realizações foram alcançadas por meio dos fundos públicos administrados por chefes, monarcas, imperadores e chefes de Estado. Na ausência de impostos, os períodos de liderança não trariam grandes feitos.
Desde a construção de vias terrestres até a exploração espacial, tais conquistas foram viabilizadas pelos recursos vindos dos impostos que contribuímos. Sem recursos, o progresso e a inovação seriam limitados, e os investimentos em pesquisa e desenvolvimento dependeriam exclusivamente de financiamentos privados.
Em uma perspectiva de ausência de tributação, seria necessário instituir a cobrança direta por todos os serviços públicos. Desta forma, o acesso à saúde, educação e segurança seria restrito àqueles que pudessem pagar diretamente por esses serviços.
Por exemplo, seria cobrada a utilização de infraestrutura viária, como ruas asfaltadas e iluminadas, bem como o acesso a serviços de emergência, como ambulâncias e bombeiros. Entretanto, neste cenário, os indivíduos só arcariam com os custos relativos aos serviços que realmente utilizassem e no momento em que os utilizassem.
O imposto é é uma contribuição obrigatória cobrada pelo governo. Esse valor é pago pelos contribuintes para custear despesas administrativas do Estado. De acordo com o Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, o imposto pode ser definido como:
S.M
- Contribuição, geralmente em dinheiro, que se exige de cada cidadão para financiar as despesas de interesse geral, a cargo do Estado. O imposto é um tributo destinado a atender às necessidades gerais da administração pública, sem assegurar ao contribuinte qualquer proveito direto em contraprestação à parcela paga; neste particular, distingue-se da taxa, que se destina a remunerar serviços específicos; tributo.
- Conjunto de todos os tributos ou contribuições.
- FIG. Incumbência ou compromisso de alguém; encargo, obrigação, ônus.
- FIG. Fato ou acontecimento que se segue a outro ou dele resulta; consequência, custo, preço.
Por que os impostos são necessários?
Os tributos servem para custear a estrutura do governo e os serviços públicos. Os impostos incidem sobre três bases:
A sua relevância social reside na capacidade de prover recursos ao Estado para a realização de suas atribuições, servindo como instrumento de distribuição de renda, de estímulo ao desenvolvimento social do país, e de contribuição para a redução das diferenças regionais.
Cada imposto possui sua finalidade. Por exemplo, o Imposto de Renda é destinado a saúde, educação e projetos sociais. O IPVA financia a manutenção de vias do município, construção e manutenção de estradas. O IPTU retorna como investimento em obras sociais.
No Brasil há impostos que incidem a nível federal, estadual e municipal, separamos abaixo uma pequena lista que exemplifica a separação dos tributos. Para conferir o material completo sobre carga tributária e quais impostos são praticados no Brasil, clique aqui.
Compostos pelos seguintes tributos: IOF, IPI, IRPF, IRPJ, ITR, Cide, Cofin, CSLL e Imposto de importação para mercadoria que vêm de fora do país;
Compostos pelos seguintes tributos: ICMS, IPVA e ITCMD
Compostos pelos seguintes tributos: IPTU, ISS e ITBI
Nós estamos constantemente pagando impostos, até mesmo nas atividades mais triviais do cotidiano. Alguns exemplos dos tributos mais comuns que encontramos em nossa rotina são:
Como um exercício de reflexão, imagine viver em um mundo idêntico ao atual, onde os serviços públicos são mantidos, no entanto, sem a necessidade de arcar com o ônus dos impostos. Nessa realidade hipotética, os serviços essenciais seriam fornecidos de forma gratuita e sem a imposição de contribuições financeiras compulsórias por parte dos cidadãos.
Confira na tabela abaixo quanto custaria, em média, o dia de um brasileiro vivendo sem impostos:
Horário | Atividade | Produtos nos quais incidiram impostos | Custo sem impostos |
---|---|---|---|
6h00 | Café da manhã | Café com leite e ovos | R$3,50 |
6h30 | Higiene diurna | Água, esgoto, sabonete e pasta de dente | R$0,26 |
7h00 | Deslocamento | Gasolina | R$1,90 |
12h00 | Almoço feito em casa | Porção de arroz e feijão, dois filés de frango e um copo de refrigerante | R$6,83 |
17h30 | Deslocamento | Gasolina | R$1,90 |
18h30 | Exercício físico | Academia de bairro | R$2,69 |
19h30 | Higiene noturna | Água, esgoto, sabonete e pasta de dente | R$0,26 |
20h00 | Deslocamento | Gasolina | R$1,90 |
20h15 | Jantar | Janta em restaurante | R$47,40 |
21h30 | Compra de farmácia | Medicamentos | R$28,91 |
17h30 | Deslocamento | Gasolina | R$1,90 |
TOTAL | - | - | R$97,45 |
Os valores em impostos (baseados nas taxas do Impostômetro) totalizam 35% do gasto médio diário de uma rotina. Verifique a tabela:
Atividade | Com imposto | Sem imposto | Valor do imposto |
---|---|---|---|
Café da manhã | R$4,35 | R$3,50 | R$0,85 (19,5%) |
Higiene | R$0,78 | R$0,53 | R$0,25 (32%) |
Comida feita em casa | R$9,39 | R$6,83 | R$2,56 (27%) |
Deslocamento | R$20,00 | R$7,60 | R$12,39 (62) |
Exercício físico | R$3,69 | R$2,69 | R$1,00 (27%) |
Jantar | R$70,00 | R$47,40 | R$22,60 (32%) |
Compra de farmácia | R$43,71 | R$28,91 | R$14,80 (34%) |
TOTAL | R$151,91 | R$97,45 | R$54,45 (35%) |
Durante um mês, com uma rotina básica (sem grandes compras, pagamento de aluguel, passeios, imprevistos e jantares fora de casa), os valores se pareceriam com os seguintes:
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