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Mulheres no mercado de trabalho

No dia 08 de março, comemora-se internacionalmente o Dia da Mulher. Esta é uma data carregada de simbolismo histórico que visa ressaltar a importância de todas as mulheres na sociedade, bem como validar suas lutas.

Por falar em luta feminina, não podemos ignorar o fato de que ela perdura até hoje. A busca por igualdade de gêneros, equivalência de direitos e respeito, ainda parece, infelizmente, um pouco longe do fim. As mulheres ainda batalham muito para conquistar o seu espaço, principalmente no mercado de trabalho.

Mudanças nos últimos anos

Às vésperas (06/03) do Dia Internacional da Mulher, a Organização Mundial do Trabalho divulgou dados que corrobora este ponto.

Segundo o estudo, a diferença entre gêneros no âmbito profissional praticamente não diminuiu nos últimos 27 anos. Em 2018, as mulheres tiveram uma probabilidade de conseguir emprego 26% inferior à dos homens – o que representa uma melhoria de apenas 1% em relação a 1991.

A pesquisa ainda apontou dados a respeito da desigualdade salarial entre homens e mulheres – homens recebem 20% a mais –, e sobre a penalização profissional da maternidade – refere-se à dificuldade de mulheres com filhos conseguirem, manterem ou serem reconhecidas em seus empregos. Todos estes aspectos chamam atenção para os percalços enfrentados por mulheres ao redor do mundo, apenas para poder ter uma vida profissional.

Diferenças de Interesses

Também é necessário considerar as diferenças de interesses vocacionais existentes entre homens e mulheres. Esse fenômeno, quase puramente natural, acaba por, ainda que indiretamente, auxiliar na construção de linhas sociais que delimitam “profissões de homens” e “profissões de mulheres”.

Tais construções sociais aumentam a dificuldade para que uma mulher construa uma carreira em segmentos majoritariamente masculinos. Contudo, esse cenário vem sofrendo modificações positivas ao longo do tempo.

O curso mais popular entre as mulheres brasileiras é Pedagogia; no entanto, os cursos que ocupam o segundo e terceiro lugar do ranking de preferência feminina são: Direito e Administração – os mais buscados pelos homens.

Se compararmos a soma de mulheres vinculadas a estes dois específicos cursos com o número total de homens nestas mesmas graduações, é possível identificar uma prevalência feminina de 22,85%. Um índice bastante expressivo.

Difícil Reconhecimento

Porém, ainda que as barreiras venham sendo desconstruídas aos poucos, as mulheres ainda enfrentam muitas dificuldades para se destacarem e serem reconhecidas por suas carreiras profissionais – principalmente naquelas em que ainda há uma força masculina ainda muito latente.

Um exemplo disso é a lista Tax Controversy Leaders, publicada em 2017, pela revista inglesa International Tax Review. O propósito da lista era elencar os mais proeminentes tributaristas. 87 brasileiros foram listados; mas, entre eles, apenas 16 mulheres foram reconhecidas – o equivalente a menos de 20%.

Algumas movimentações já têm sido feitas, buscando alterar este quadro. Eventos como o “Café com as tributaristas”, ocorrido em Gramado-RS, em 2018, promovem uma união entre as mulheres de áreas antes tidas como exclusivamente masculinas.

O citado congresso é uma iniciativa muitíssimo importante para enfatizar a importância do viés e da presença feminina na formação do pensamento tributário contemporâneo, bem como a relevância do conhecimento e expertise de mulheres em matérias e debates tão relevantes para o país.

Todos estes dados devem motivar debates e discussões de meios para proporcionar às mulheres devido e justo equilíbrio profissional. Os ambientes profissionais devem ser menos hostis à contribuição feminina; e as mulheres merecem mais espaço e reconhecimento.

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Neste dia 8, o blog do Tax Group produziu este artigo especial para abordar esta temática tão atual e importante, e ainda aproveitar para parabenizar a luta e o trabalho de mulheres tão incríveis no mundo da tributação. As suas conquistas diárias promovem melhorias gigantescas nessa área, naturalmente complexa.

Nos cabe ainda o dever de reforçar o fato de que as mulheres podem e devem atuar em quaisquer áreas que lhe sejam de interesse.

Reconhecemos que a trajetória a ser traçada não será fácil, mas toda mulher têm a garra necessária para lutar e não desistir.

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Parabéns, mulheres!

Ingridy Oliveira

Editora de conteúdo e copywriter do Tax Group.

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