DIA DA MULHER: “Não nasci para ser espectadora, gosto de produzir e fazer parte”
Filha de uma família de quatro filhos, onde três deles são homens. Desde criança, precisou buscar alternativas para mostrar que também era capaz e, enfim, aparecer. Por uma questão cultural, sem culpados, as responsabilidades domésticas naturalmente eram de responsabilidade das moças. A história de Valéria Bezerra, sócia do Tax Group em João Pessoa (PB), parece muito com tantas outras que nasceram na mesma época.
“Sempre me esforcei para transpor a barreira. Por isso, até aprendi a trocar pneu, por exemplo. Tantas vezes me questionei se realmente podia ir além”, afirmou. “Ter filhos, dividir a atenção do ‘ser mãe’ com a vida profissional, cuidar da casa… Sempre foi uma angústia. Achava tudo muito injusto”.
Valéria iniciou sua busca pelo fim da injustiça trabalhando na empresa de seus pais desde os 18 anos. Anos depois, se formou em contabilidade, e após uma grande trajetória profissional, decidiu atuar com reestruturação de empresas. Com o apoio do Tax Group há quase dois anos, a profissional une esta atividade ao trabalho de consultoria jurídica do escritório em que atua.
“Meu trabalho sempre veio em primeiro lugar. Eu gosto de fazer parte da engrenagem do mundo. Não nasci para ser espectadora, gosto de produzir e fazer parte”, completou Valéria, que sempre gostou de brincar com a calculadora de seus pais, desvendar problemas e contribuir para o sucesso.
Segundo a profissional, durante a sua vida no mercado de trabalho, nunca existiram momentos de menosprezo e capacidade questionada por ser mulher. Para ela, a maior dificuldade não está no mercado de trabalho: é dar conta de tudo.
Com a maturidade adquirida ao longo dos anos, Valéria diz ter aprendido a enxergar o lado bom de conciliar essas atividades profissionais com as obrigações do dia a dia — que, para ela, são bem mais leves quando feitas com amor, alegria e prazer. “Tenho dois filhos homens. Ou seja: sigo rodeada por eles. Criei as minhas formas para curtir os dois lados da minha vida”, destacou. Para ela, essa conciliação é como um malabarismo — mas daqueles gostosos.
Apesar de, no fim dos dias, a correria ser satisfatória, certas situações sempre podem melhorar. “Gostaria que os homens no geral tivessem mais empatia, já que naturalmente as mulheres possuem responsabilidades maiores. Sempre peço, por exemplo, para que minhas reuniões não sejam agendadas na parte da noite, já que esse é o momento de estar com meus filhos. Não deixo nada atrapalhar isso”, salienta Valéria.
Para as mulheres que precisam de coragem para ousar, a sócia aconselha: “Eu encaro a sociedade como uma engrenagem. Cada um precisa fazer uma atividade para tudo dar certo. Eu não consigo imaginar que o seu papel seja de apenas uma espectadora. Você precisa fazer parte disso e ver o mundo girar — por você mesma e pelo mundo. Isso te mantém viva”.
Nós do Tax Group temos profundo respeito pela história de luta das mulheres ao nosso redor. Portanto, no dia de hoje, gostaríamos de parabenizar pela coragem e pelo esforço de chegarem cada vez mais longe e conquistarem cada vez mais espaços. A gente gostaria que não fosse tão pesado, e pode ter certeza: buscamos fazer a nossa parte na nossa realidade.